ensurdecimento de palpites

Certa vez, de maneira extremamente tola, acreditei cegamente em mim mesmo.

Fiquei surdo por um tempo indeterminado dentro da minha própria consciência.

O silêncio do meu inconsciente, já não me atormentava ao ponto de fechar meus olhos por um tempo tão longo que pudesse me incomodar. A escuridão então me fez companhia como jamais havia feito na vida. A solidez já não me assustava mais,  junto com vontade de deitar que já era maior do que a força para tentar manter os olhos abertos para o calor do mundo outra vez. Orgulho é um lugar perigoso que arde intensamente dentro da gente. Um cômodo vasto, desprovido de medos. Uma cela decorada de vazio.

Um sinal de alerta necessário, mas que toca mais do que normal dentro da minha cabeça.

Uma enorme crença no erro me arrastou para dias difíceis. Silêncios intermináveis e dúvidas que percorriam em círculos dentro da minha cabeça. Tardes muitas vezes escuras, mesmo com o sol quente ardendo sobre nossas cabeças. O calor que nos trazia para o chão através da transpiração. A parte mais difícil de aprender com nosso suor é aceitar que nossas dores são uma forma de aprendizagens da alma. Rastros de um conhecimento que depende apenas dos nossos movimentos para que possam crescer. Não da nossa opinião e sim do nosso esforço. Pouco importa o que você pensa e muito o que você faça.

Aprendemos os principais valores do silêncio quando passamos por momentos de barulho incessante. Ruídos perturbadores que hora nos assustam, mas que em momentos de perigo também nos guiam. Elencar nossos medos de uma maneira transparente, é uma inteligente forma de evitar que corroam nossa esperança. Que clareemos nossa caminhada com nossa própria luz antes de seguirmos qualquer farol alheio. Paz nunca deixou de ser um investimento de valor alto, mas a carência de ambição nunca foi tão palpável em meio um universo tão intangível.

Sonhos são vivíveis. Mas precisam ser sonhados.

Dentro do nosso peito, carregamos porteiras pesadas presas com cadeados envelhecidos pelo tempo, que trancafiam memórias doloridas escondidas através de recordações ao invés de serem diluídas como um aprendizado. Um antidoto contra a infelicidade.

Que sejamos coerente com nossos próprios erros, uma maneira nobre de alcançarmos nossos verdadeiros valores dentro dos colos alheios. Fácil encontrar um abrigo no peito de outra pessoa com os ombros carregando carinho ao invés de mágoas e julgamento. Dos pesos que puder carregar, escolha momentos que possam ser  disseminados e se possíveis transferido para outros pontos de vistas. Derrube seus muros. Os de mágoas e os de novas ideias. Desate os nós e reforce teus laços.

Se houver espaço, ajoelhe na hora de pedir proteção. Dizem que a esperança não termina para aqueles tem a fé em chama constante combustão. Demonstre humildade se houver muitas queimadas pela floresta que desejar cultivar no coração alheio.

Atente para tua boca e ao teu ouvido.

Utilize-o na mesma proporção.

Seja feliz por ti,

pelo teu bem.

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autor_jorge

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