Passei dos 25 e o que antes parecia uma corrida atrás de sucesso, bens materiais e aceitação social, virou uma maratona. Estou correndo atrás dos 30 como Usain Bolt em busca de um novo recorde nos 100 metros rasos. Meu Deus, o que eu fiz da vida? Não sei. Oras, mas se você não sabe, quem poderá responder? Ninguém e, eu também não quero saber. Quero saber o que a vida fez de mim. Afinal, não posso eu ter atravessado tantas tormentas e permanecido ilesa, idêntica. Quero passar relatório detalhando os danos.
Primeiro, não corro mais atrás de bens materiais e aceitações sociais. Não tento, e nem me esforço, para enquadrar-me em qualquer padrão pré estabelecido. Agora eu chego e sorrio largo, tiro o casaco e vou pegar uma bebida. Não fico no sofá bancando a fina e recusando canapés. A vida me ensinou a ir até o que quero.
Segundo, cheguei na fase onde entendemos que podemos ser felizes sozinhas. Puta queo pariu! Como não descobri isso antes! Então não preciso casar? Não! E existe sexo casual? Existe! Massa! A vida me fez entender que eu sou suficiente.
Terceiro, eu não vou ser o que você quer. Então, aceite! Eu sou assim, não tenho nem intenção, nem pretensão de acatar qualquer sugestão a cerca do meu comportamento. Se eu achar que preciso mudar algo será por constatação pessoal. Aceito que esteja ao meu lado por admirar quem sou em toda minha completude, se quiser que eu mude, mude-se de mim. A vida me ensinou a ser assim. A ter amor por mim. A escolher por mim. A preferir por mim. Eu queria que toda mulher fosse assim. E um dia vai ser.
E os 30 estão chegando na velocidade da luz… Eu não casei, não tenho filhos, nem bens materiais. Tenho um diploma guardado, alguns amigos eternos, alguma grana, e muita vontade de continuar. Putz, onde será que isso vai dar? Não sei, mas vamos continuar! O mais bonito de viver, é o persistir.